Qual a sua disposição de dar a cara a tapa?

1. Gestão horizontal: autonomia e desafios

Imagine a situação em que você faz parte de um grupo de trabalho, onde cada integrante é responsável pelo gerenciamento de suas próprias ações. Tudo no mais moderno estilo gestão horizontal, no qual os profissionais têm autonomia para tomar suas próprias decisões.

A vida segue tranquila. Todos têm cumprido prazos, o cliente está feliz com as entregas e as metas estão sendo alcançadas. Nada para impedir que os comunicados dos status das ações sigam o fluxo via relatórios online, troca de e-mails ou calls pontuais.

2. O surgimento da crise e o papel do líder

Eis que, de repente, surge uma crise. E agora, de quem é a responsabilidade de manter o otimismo do time, mapear a situação, reorganizar as tarefas? Não basta apenas utilizar o poder de comunicação para acalmar o cliente. É preciso colocar a mão na massa e fortalecer esse laço com ele por meio de uma postura comprometida.

3. Líder nato: inteligência emocional e ação em momentos críticos

Por mais que as estruturas de trabalho se modernizem, todo grupo de trabalho precisa ser integrado por um profissional com perfil para nortear o time, falar por ele e reavaliar o rumo em momentos de alto estresse. Não estou referindo-me a porta-vozes e nem necessariamente a profissionais com cargo de chefia, mas sim àqueles que chamam a responsabilidade para si e partem em busca da melhor solução, com inteligência emocional, maturidade e habilidade para se comunicar com diferentes níveis hierárquicos, se for preciso.

Só conhecemos um líder nato - independentemente do cargo que ocupe - em momentos de crise, e a ausência dele em situações adversas tende a criar um espiral negativo no grupo.

4. Reflexão sobre o desempenho das lideranças

E na sua empresa, qual tem sido o desempenho das lideranças?

*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half para a América do Sul