Nunca se falou tanto em propósito, e muita gente sente que, cada vez mais, o trabalho precisa estar alinhado com a essência pessoal e interna. O discurso é bonito, mas, na prática, como se faz isso? Um artigo publicado na Harvard Business Review dá o passo a passo.
Segundo especialistas, muita gente se sente desconectada do trabalho porque pouquíssimos pais e professores incentivam as crianças e jovens a pensarem sobre isso. Nesse cenário, o que a maioria faz é escolher trabalhos pelas razões erradas. “Nós procuramos coisas que nos deem orgulho de falar em uma festa ou que pareçam bem no currículo, mas raramente essas são as coisas que traduzam satisfação”, disse Karen Dillon, coautora do livro How Will You Measure Your Life.
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O que deveria, então, nortear as escolhas de carreira são alguns princípios. Veja só:
Ser respeitado pelos colegas, desafiado, ter possibilidade de crescimento e acreditar na missão da empresa são coisas que fazem um trabalho ser bom, mas não necessariamente trazem a verdadeira felicidade e sintonia. Propósito é algo diferente para cada ser. “Não olhe apenas para coisas óbvias como salário, cargo ou prestígio da empresa”, diz Karen.
Há quatro categorias para você pensar a respeito quando se fala de trabalho com significado.
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É sobre os resultados concretos do trabalho. O que você quer atingir? Claro que em todo trabalho você terá que dedicar algum tempo para tarefas burocráticas, mas o que você quer do seu trabalho? Talvez faça sentido para você ajudar estudantes a avançarem em suas habilidades matemáticas ou construir plantas de dessalinização. Vai depender muito do quão perto da linha de frente você quer estar. Algumas pessoas querem ajudar pessoas doentes diretamente, outras aspiram ajudar desenvolvendo equipamentos para saúde.
Essas são as forças que você quer aperfeiçoar. Por exemplo, se você gosta de se conectar com pessoas você pode usar essa habilidade para ser um psicólogo ou um profissional de marketing. A questão é usar essas forças de uma forma que você veja sentido, que traga recompensa para você. Ah, ser bom em algo que você não desfrute não conta.
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Isso é sobre o salário, os benefícios e a flexibilidade que você precisa para viver a vida que quer. Para algumas pessoas isso pode significar uma remuneração elevada que permita viajar muito, para outros pode ser a possibilidade de trabalhar em diferentes locais e horários. Por isso você precisa saber o estilo de vida que quer ter.
Aqui entra a cultura e os valores do trabalho que você vai trabalhar. Isso, atenção, não é a missão da empresa, é sobre sentir que você pertence ao lugar. Quais são as crenças e prioridades da companhia e das pessoas que trabalham com você? Como as pessoas tratam umas às outras?
As respostas dessas quatro categorias vão variar de pessoa para pessoa e a sugestão de Karen é que você faça uma lista de todas as coisas que valoriza. Depois, priorize-as. Essa lista vai ajudar a guiar suas decisões de carreira. Boa sorte na sua jornada!
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