No entanto, conforme os anos passaram, uma nova competência começou a se destacar como fundamental no mercado de trabalho: a tecnologia. "Não importa se você é de engenharia, contabilidade ou outra área. A automação de processos e a transformação digital fazem ser a tecnologia ser a bola da vez", aponta Marina Lima, consultora-líder da Área de Management Resources da Robert Half.
O surgimento de fintechs, healthtechs, entre outras, enfatiza não apenas a automação de processos, mas também a valorização de habilidades em inteligência artificial, cybersegurança e outros campos tecnológicos, como observa Juliana Bauman, Business Manager de IT Projects da mesma empresa.
Esse requisito de versatilidade em tecnologia varia grandemente entre profissões. Enquanto um administrador de empresas pode não precisar programar sistemas de automação, é imperativo que saiba utilizar ferramentas tecnológicas pertinentes ao seu campo de atuação.
Na área de negócios, especificamente, torna-se essencial a fluência em dados – a capacidade de extrair e gerar informações valiosas, muitas vezes reservada a especialistas ou até mesmo a sistemas de inteligência artificial.
A questão que se impõe é como adquirir essas habilidades essenciais. A educação formal, como um curso superior, é indispensável em muitas áreas, inclusive financeira, RH e compliance, não apenas pelo conhecimento técnico, mas também pelo prestígio associado a tal formação no Brasil.
"Ter uma formação superior ainda é um ponto muito comentado no Brasil. Ainda significa um prestígio", analisa Juliana. No entanto, especialmente no setor tecnológico, muitas empresas valorizam mais a habilidade prática e a capacidade de executar tarefas e projetos eficazmente, independentemente da origem do aprendizado.