A saúde mental no ambiente de trabalho é uma questão urgente para empresas e colaboradores. Assim como procuramos ajuda médica ao sentir dores físicas, devemos ser igualmente proativos em relação aos problemas de saúde mental.
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“No trabalho, identificar o momento certo para dar um tempo é um desafio. A pressão por resultados, longas jornadas e a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional são fatores que agravam o estresse e o burnout”, afirma Marcela Esteves, Diretora de Recrutamento Permanente na Robert Half.
“Quase 50% das pessoas afirmam que a forma como a produtividade é cobrada afeta diretamente a saúde mental, e 20% utilizam medicamentos para ansiedade ou para combater a insônia", explica.
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Entre os sintomas mais comuns de que algo está errado estão o cansaço constante, a dificuldade de concentração e a perda de produtividade. Muitas vezes, profissionais se enterram em tarefas como uma forma de evitar emoções negativas.
No entanto, é crucial que as lideranças e a força de trabalho reconheçam o momento de buscar ajuda, enfrentando o problema com a seriedade necessária.
O burnout e a ansiedade são condições que afetam tanto líderes quanto liderados. O estudo revela que 19,94% das lideranças foram diagnosticadas com ansiedade, enquanto mais de 10% enfrentam estresse severo. Isso evidencia que a saúde emocional é um problema generalizado, independente de cargo ou função. E esse problema afeta profissionais de todos os níveis.
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Apesar disso, muitas pessoas têm dificuldade em discutir esses temas no ambiente de trabalho. A pesquisa aponta que 63% das pessoas colaboradoras acreditam que suas lideranças não estão preparadas para oferecer suporte adequado. Isso mostra que há um longo caminho a percorrer para criar um ambiente realmente acolhedor e favorável à saúde mental.
As empresas precisam adotar uma abordagem proativa e empática. Criar programas de suporte emocional, promover treinamentos em inteligência emocional e incentivar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são ações fundamentais para uma cultura organizacional saudável. O bem-estar das pessoas é um ativo valioso e, ao cuidar disso, as organizações mantêm suas equipes engajadas e produtivas.
Para enfrentar esses desafios, algumas ações são recomendadas:
Manter o diálogo aberto com a equipe para entender como estão se sentindo;Realizar brainstorms para identificar formas de reduzir o estresse e o esgotamento;Incentivar o uso de férias e períodos de descanso;Contar com profissionais extras para aliviar a sobrecarga de trabalho;Praticar a empatia e fazer check-ins regulares com a equipe.
O papel das pessoas em cuidar da própria saúde
Para as pessoas, é importante reconhecer os sinais de que algo não está bem: cansaço extremo, baixa produtividade, dificuldade de concentração, entre outros. Buscar ajuda médica é essencial. Assim como tratamos doenças físicas, problemas emocionais e mentais devem ser tratados com a mesma seriedade.
A importância de cuidados físicos e apoio social
Além disso, cuidar da saúde física pode contribuir para a recuperação. Atividades como caminhadas e meditação podem ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade. Não menos importante, o apoio de amigos, familiares e colegas de trabalho é fundamental. Se abrir com pessoas próximas pode ser uma ótima fonte de ajuda, mas é essencial respeitar os próprios limites e os dos outros.
O valor do colaborador nas organizações
Por fim, as empresas devem lembrar que a força de trabalho é o bem mais valioso que possuem. Prover um ambiente de trabalho acolhedor e que apoia a saúde mental não só melhora o clima organizacional, mas também evita que profissionais procurem a concorrência em busca de reconhecimento.
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