Como mulheres superam desafios na liderança de setores dominados por homens

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A ascensão de mulheres a cargos de liderança, especialmente em setores predominantemente masculinos, é um desafio conhecido. Além de barreiras estruturais e preconceitos culturais, as mulheres precisam enfrentar um ambiente de trabalho frequentemente moldado por normas masculinas, o que torna a jornada ainda mais complexa. No entanto, essas dificuldades também têm sido uma oportunidade para muitas mulheres provarem sua competência e resiliência. Marizeth Carvalho, que assumiu cargos de destaque em um setor como o químico, compartilha suas experiências e como conseguiu transformar desafios em aprendizado e oportunidades de crescimento. Marizeth tem uma trajetória notável, sendo uma das poucas mulheres a ocupar cargos de alta responsabilidade na América do Sul em uma indústria tão tecnicamente exigente e dominada por homens. “Eu basicamente trabalhei em duas grandes empresas do setor químico, que já começam aí os desafios, porque eu não sou química, não sou engenheira química. Minha formação é em administração e marketing,” conta Marizeth. Sua história ilustra o quão importante é o foco na entrega de resultados e no autodesenvolvimento. Mesmo em um setor onde sua formação inicial não se alinhava diretamente, Marizeth foi além de expectativas ao aprender e se moldar às demandas, movendo-se entre áreas como qualidade, segurança e, finalmente, vendas e marketing. Essa mudança contínua de posições foi um dos fatores que ajudaram a moldar sua carreira. "Eu tive mais de 15 cargos em uma única empresa. Cada vez que você muda, parece que você está reiniciando, e isso vai te motivando, vai abrindo seus horizontes e você acaba sendo o protagonista da sua carreira." O aprendizado de Marizeth demonstra que estar preparada para aceitar mudanças e abraçar novas oportunidades é essencial para o crescimento profissional, especialmente em setores dominados por homens. Fortaleça o bem-estar da sua equipe! Baixe agora o estudo “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho” e descubra insights para melhorar o clima organizacional.
Ao assumir novos desafios, as mulheres também precisam lidar com questões internas, como a famosa "síndrome do impostor". Marizeth reconhece essa dificuldade, relatando que muitas vezes as mulheres são observadas com maior rigor. "Sempre teve alguém que duvidasse de você e te colocava em algumas situações... E como você poderia se moldar para mostrar que você era uma profissional, que você podia dar conta do recado, sendo mulher?" É comum que, nesse processo, as mulheres enfrentem questionamentos e avaliações que podem gerar insegurança. Em seu relato, ela destaca um ponto que é crucial para mulheres em setores dominados por homens: a necessidade de se impor como profissional, e não apenas como mulher. “Nós somos diferentes, somos de outro sexo, de outro gênero, e hoje não é só homem e mulher. Hoje temos muito mais do que isso. Eu acho que o respeito é o principal. Então, se deixe respeitar.” A experiência de Marizeth mostra que se colocar como um profissional competente, independentemente de gênero, é fundamental para superar esses desafios.  Leia também: O líder moderno: capitão do time, não técnico
Outro grande desafio enfrentado por Marizeth foi a expatriação para os Estados Unidos, onde assumiu uma posição de liderança em um mercado muito maior e em um ambiente cultural diferente. Para muitas mulheres, equilibrar a carreira internacional com a vida pessoal é uma barreira significativa. Marizeth revela que, mesmo quando as oportunidades surgiam antes, sua decisão de não sair do país era influenciada por sua família. "Eu nunca saí do país porque eu tinha as questões familiares aqui, principalmente a minha mãe, que cuidava da minha mãe." Essa escolha reflete uma realidade comum para muitas mulheres que ocupam cargos de liderança: equilibrar demandas pessoais e profissionais. Quando a oportunidade voltou a surgir, após um momento pessoal de mudança, ela aceitou o desafio, indo para os Estados Unidos no meio de uma crise de supply chain, pandemia e inflação. "Eu fui no meio da pandemia, com problemas de supply chain, problemas de labor... e nós nos demos muito bem lá, porque o brasileiro tem uma flexibilidade muito grande.” Essa flexibilidade, segundo Marizeth, é uma das chaves para o sucesso em ambientes culturais e profissionais diferentes. Saber se adaptar às novas realidades, sem perder o foco nos resultados, foi o que a ajudou a conquistar a confiança de sua equipe e a liderar com eficácia em um território desconhecido. Você também pode gostar de: Times de alto desempenho: impacto, estratégias e benefícios
Marizeth ressalta o papel do autoconhecimento e da resiliência em sua trajetória. Ela destaca como a prática da yoga e da meditação ajudou a manter o equilíbrio em momentos de pressão. "Se você não tem esse autocontrole, se você não conseguir ter essas válvulas de escape, você não consegue estar bem para desempenhar as suas atividades." Para ela, é fundamental que profissionais, especialmente em ambientes desafiadores, tenham suas "válvulas de escape" para lidar com o estresse e se manter produtivos. Essa filosofia é reforçada por sua visão sobre o autodesenvolvimento e a importância de entender a si mesmo e suas ambições. "Nós temos que saber o que queremos, e se não sabemos o que queremos, temos que saber o que nós não queremos." Esse foco em se conhecer bem permite que profissionais, especialmente mulheres em cargos de liderança, possam tomar decisões mais assertivas sobre suas carreiras e vidas pessoais, sem se perder em expectativas externas.  
Ao refletir sobre sua trajetória e o que diria à sua versão mais jovem, Marizeth enfatiza que as mulheres devem se arriscar mais e buscar aquilo que realmente as faz felizes. "Não tenha medo de se arriscar, de mudar, principalmente se você é novo. Encontre realmente o que você quer, o que você gosta de fazer." Além disso, ela incentiva as mulheres a serem protagonistas de suas carreiras, assumindo responsabilidades e não esperando que as oportunidades caiam no colo. O caminho para a liderança em setores dominados por homens está longe de ser fácil. Mas a história de Marizeth Carvalho é um exemplo claro de que, com resiliência, autoconhecimento e uma postura aberta às mudanças, é possível não só superar as barreiras impostas por esses ambientes, mas também criar um caminho de sucesso e realização pessoal e profissional. Mulheres que lideram em indústrias masculinas, como Marizeth, são exemplos vivos de como as barreiras podem ser derrubadas, inspirando as próximas gerações de líderes femininas a trilhar esse mesmo caminho.
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