A estrutura organizacional de um negócio é a forma escolhida pela empresa para alocar o seu capital humano. Por meio da divisão de setores, cargos e funções, o nível hierárquico é determinado. Assim como, a relação entre liderança e liderados.
Acertar nessa composição é fundamental para ter uma ampla visão sobre a distribuição dos recursos e os caminhos que devem ser trilhados. Para assim, os objetivos serem atingidos, com o devido alcance de resultados positivos.
São diversas as opções disponíveis. Para ajudá-lo a fazer uma boa escolha, confira o artigo que preparamos a respeito dessas questões. Buscamos apresentar uma visão geral sobre alguns dos modelos de estrutura organizacional existentes e explicar o funcionamento de cada um.
Guia Salarial da Robert Half: No guia você encontra a mais completa pesquisa salarial e um estudo sobre tendências de contratação no mercado brasileiro.
Toda empresa necessita de uma estrutura organizacional para operar eficientemente. Ela se trata de uma ferramenta que organiza as atividades e os recursos como:
setores;
processos;
comunicação;
hierarquia.
Pontos estes necessários para sua organização, planejamento e realização de seus objetivos. Uma observação importante a se fazer, é que não existe apenas um modelo de estrutura organizacional. Portanto, podemos perceber que essa ferramenta não se trata apenas da estruturação dos departamentos e hierarquia da equipe, mas a melhor relação saudável e estratégia entre esses fatores para a organização obter o melhor resultado no mercado.
Ter uma estrutura organizada, eficiente e bem desenhada para os colaboradores é extremamente importante para que a execução das demandas realmente aconteça conforme os processos internos exigem, sem que a rotina se torne uma bagunça. Assim, profissionais terão maior clareza sobre responsabilidades, compromissos e funções, bem como dos resultados que a empresa espera alcançar.
Leia também: Liderança 4.0: entenda o que é, e por que implementar em sua empresa
Além disso, as estruturas organizacionais podem gerar na empresa:
integração de pessoas colaboradoras ao negócio, aumentando o engajamento e a motivação;
processos mais fáceis, otimizando indicadores de desempenho;
desenvolvimento de indicadores individuais de desempenho, para implantar bonificações de incentivo;
analisar excesso ou falta de recursos;
ter mais assertividade no controle de resultados do negócio;
enxergar com mais rapidez os riscos à saúde da empresa;
melhorar a comunicação interna e com o mercado;
criar uma cultura organizacional única e atrair as melhores contratações para a empresa.
Quando se fala sobre estrutura organizacional é comum que as pessoas confundam com organograma. Embora os dois estejam relacionados, não se trata da mesma coisa.
Como dito anteriormente, a estrutura organizacional é uma ferramenta de organização e hierarquia em uma empresa. Já o organograma é a representação visual dessa estrutura organizacional. Ou seja, o organograma é a estrutura organizacional desenhada em forma de diagrama.
Portanto, o que irá melhorar a cultura interna e o desempenho do negócio, é toda a estrutura organizacional criada e pensada para a empresa e não apenas o organograma desenhado e arquivado. Pense nisso!
Divisão do trabalho, especialização e hierarquia. Essas são as palavras que definem uma estrutura organizacional dentro de uma estratégia para a alta cúpula de uma empresa.
O modelo escolhido é o que vai mostrar de que forma a organização será comandada como um todo, não apenas em departamentos específicos:
por funções;
por unidade de comando;
pela junção de funções e hierarquia.
Nesse sentido, a primeira coisa que é preciso saber a respeito do modelo de estrutura organizacional é que não existe um único padrão. As pessoas são responsáveis pelas decisões de um negócio que devem definir qual será o adotado.
A ideia é que profissionais exerçam funções pertinentes às suas habilidades e que a estrutura escolhida esteja adequada aos valores da empresa. Como a definição desse padrão corporativo é fundamental para que os processos administrativos e produtivos tenham sucesso, essa é uma prática de extrema importância.
Estrutura por funções
A estrutura por funções busca agrupar profissionais que exercem cargos em uma determinada área dentro da empresa, como:
técnicas;
comerciais;
financeiras;
de segurança;
contábeis;
administrativas, entre outras.
Pequenas e médias empresas costumam optar por uma estrutura organizacional relacionada às funções desempenhadas. No entanto, quando o negócio começa a crescer, podem enfrentar dificuldades com a comunicação interna e a falta de integração entre os setores.
Ao verificar que isso está ocorrendo, talvez seja hora de evoluir o modelo — assunto que ainda vamos abordar durante o artigo.
Por unidade de comando
A estrutura por unidade de comando, ou linear, é a mais comum: profissionais que ocupam cargos na alta cúpula administrativa, enquanto a equipe se desmembra em outros setores.
Geralmente assumem a forma de pirâmide — modelo que será explicado posteriormente —, começando com a famosa figura de liderança e equipe. Ao adotar essa linha, o padrão escolhido deve envolver hierarquias e unidades de comando.
Linha-staff
A linha-staff é a junção entre o modelo por funções e por hierarquia. Sendo que uma das suas principais características é que as empresas, ao adotarem essa configuração, costumam contar com um setor de assessoria.
São exemplos de estrutura organizacional:
assessoria de comunicação;
assessoria de relações internacionais;
assessoria em gestão de pessoas.
Empresas que buscam pela terceirização desses serviços, geralmente, estão considerando que um objetivo em específico seja atingido por meio de uma equipe especializada, sem que essa faça parte do seu quadro de pessoas contratadas.
No entanto, quando a assessoria não faz parte da organização, tem uma certa autonomia em relação a profissionais que atuam na empresa. Afinal, são essas pessoas que colocam em prática as estratégias delineadas pela equipe externa.
Sendo assim, pessoas que exercem a função de assessoras assumem a função de staff, que, no inglês, significa "equipe". Embora não tenham consigo a responsabilidade de tomar decisões, as empresas que optarem por modelos que trabalham com a linha-staff devem garantir às suas equipes uma certa autonomia. Para que, assim, o fluxo de trabalho entre pessoas contratadas e assessoria seja ágil e objetivo.
Vale lembrar que as decisões que estão ao alcance da assessoria devem ser orientadas pelo conselho de administração. Nesse caso, a assessoria acaba funcionando como um canal de comunicação direto entre a diretoria e as pessoas colaboradoras.
Você pode gostar de: Desenvolvimento de equipes: como garantir as skills necessárias para o time?
Estrutura organizacional piramidal
A estrutura organizacional piramidal é composta por um conjunto de elementos, como:
áreas;
divisões;
organogramas;
linhas de comando.
Esse modelo pode ser dividido em funcional, projetizado e matricial, os quais falaremos a seguir.
Funcional
A estrutura funcional agrupa profissionais em áreas, conforme a função: vendas, marketing, financeira, diretoria, recursos humanos e demais setores já conhecidos em uma organização.
Geralmente, cada um desses departamentos mantém o foco em desempenhar da melhor maneira possível as suas funções. Como o funcionamento é fracionado, a tendência é que o resultado também seja.
Isso significa que um departamento de marketing que apresenta um melhor desempenho em relação ao de vendas não deve ser novidade para as empresas que adotam essa estrutura. Aqui, podemos destacar os seguintes benefícios:
valorização das especializações;
definição dos níveis hierárquicos, contribuindo para que pessoas possam visualizar as próximas metas de maneira nítida;
incentivo à formação continuada;
orientação individualizada, que favorece que profissionais a atingir o máximo de eficácia em suas performances.
Projetizada
Como o próprio nome sugere, a estrutura projetizada diz respeito a projetos de trabalho, nos quais equipes multidisciplinares são responsáveis por concluir, juntas, um determinado programa.
Cada unidade dessa equipe deve ser liderada por uma gerência. No entanto, quando o projeto é concluído, quem está responsável deve dar espaço para a formação de um novo time, com uma nova administração para os próximos desafios. Entre os principais benefícios desse modelo, podemos destacar:
permite uma visão holística do projeto;
mais autonomia para a gerência de projetos;
as demandas são atendidas com mais agilidade;
a equipe multidisciplinar favorece o alcance dos objetivos.
Perceba que, ao definir um modelo organizacional coerente com os valores da empresa, fica mais fácil garantir o sucesso do gerenciamento do negócio. Dentro dessas três principais formas, existe uma série de estruturas correlacionadas para serem minuciosamente escolhidas de acordo com cada perfil corporativo.
Seja qual for a opção da empresa, é importante estar ciente que uma boa escolha torna o desempenho das funções mais elevado, melhora o relacionamento interpessoal, evita problemas de comunicação e garante que as tarefas sejam executadas com eficiência e agilidade.
Como a estrutura organizacional tem o poder de colaborar com a melhoria contínua nos resultados e influencia diretamente no desempenho da empresa, o departamento de recursos humanos consegue atuar de maneira mais estratégica. Assim como, o conselho administrativo pode alocar recursos de forma segura e otimizada.
Matricial
A estrutura matricial é uma junção do modelo funcional e projetizado, em que se procura manter os setores funcionais e as equipes multidisciplinares simultaneamente. Sua principal proposta é atender às necessidades de coordenação e especialização, atingindo o maior rendimento possível.
Grandes empresas costumam adotar esse modelo, pois cada área tem uma demanda individual para a execução de suas tarefas. Como a matricial é adaptável, facilita a execução de tarefas de cada departamento. As principais vantagens são:
ambiente laboral participativo, pois depende da colaboração de todas as pessoas;
participação das equipes nos processos de tomada de decisões, aumentando a satisfação de profissionais dos mais variados níveis hierárquicos;
independência para os departamentos, ao mesmo tempo em que promove a integração;
fácil mensuração dos resultados.
Classificação de estruturas matriciais
Quando falamos em estruturas matriciais, precisamos atentar para as classificações desse modelo. Veja a seguir!
Matricial fraca
A estrutura matricial fraca é semelhante ao modelo funcional, já que suas principais características são bastante parecidas: há uma gerência de projetos cuja função pode ser comparada à de uma coordenação, com autonomia para os processos de tomada de decisão, mas com a necessidade de se reportar a uma pessoa profissional superior.
Como os projetos realizados dentro desse modelo não exigem recursos exclusivos, ao mesmo tempo, que as pessoas compõem um time multifuncional, também devem responder a uma gerência.
Matricial moderada
Aqui temos um outro meio-termo, desta vez entre a estrutura funcional e a projetizada, ambas expostas no início deste artigo. A gerência não ocupa uma posição única de comando, mas passa a trabalhar em um determinado escopo em tempo integral, ainda que as equipes tenham lideranças funcionais.
Esse modelo deve ser implementado com cuidado, uma vez que a chefia dupla pode confundir e gerar conflitos. Geralmente, empresas apostam nessa estrutura em projetos mais complexos, que necessitam profissionais que acompanham de perto toda a cadeia produtiva, mas que estejam mais concentrados no andamento do programa como um todo.
Nesse sentido, gerêncas funcionais ficam com a missão de assegurar que equipes exerçam as funções necessárias para atingir esses objetivos de acordo com as orientações gerais da liderança que está coordenando o projeto.
Matricial forte
A estrutura matricial forte está mais próxima do modelo projetizado, em que gerências se limitam a gerenciar projetos sem ter participação efetiva na execução, o que confere à pessoa mais autonomia para as tomadas de decisão.
A diferença para a matricial fraca e a média é que, aqui, os recursos costumam ter uma disponibilidade maior, já que, na primeira,a gerência funcional faz esse controle, e, na segunda, há uma divisão do poder entre as duas gerências.
Estrutura organizacional horizontal
A estrutura organizacional horizontal é voltada para as organizações que têm consciência dos problemas que uma hierarquia pode gerar dentro do ambiente de trabalho e estão em busca de evitar esses contratempos.
A proposta desse modelo é, basicamente, eliminar os cargos de gerência e diretoria dentro de uma empresa. Dessa forma, toda a força de trabalho tem o mesmo nível de autoridade e poder de decisão.
Uma das grandes vantagens desse padrão é que as pessoas se sentem mais motivadas. A diminuição da burocracia nas relações promove um trabalho mais livre, ideal para equipes que lidam com processos criativos. Outro benefício desse modelo é que o custo de implementação e manutenção costuma ser reduzido, já que não há necessidade de contratar um grande número de gerências.
Estrutura vertical
Se há uma estrutura organizacional horizontal, significa que também existe a possibilidade de um modelo verticalizado, que tem um organograma bem-definido com vários níveis administrativos — proposta bem-adequada aos modelos hierárquicos, expostos no início deste texto.
No topo, está o presidente da empresa, seguido por uma divisão de pessoas em cargos superiores, lideranças e pessoas colaboradores. Esse é o modelo tradicional, composto por diversos departamentos, facilitando a distribuição de tarefas e a definição de responsabilidades.
Diferenças entre estrutura vertical e horizontal
A grande diferença entre esses dois modelos está no processo de tomada de decisões. Enquanto as organizações horizontais estão preocupadas em capacitar a força de trabalho para que tenham essa autonomia, o padrão vertical respeita a hierarquia, fazendo com que esses processos aconteçam de cima para baixo.
Ou seja, enquanto, na estrutura verticalizada, as equipes recebem uma série de orientações e normativas que devem ser seguidas; no modelo horizontal, há o estabelecimento de metas que consideram as políticas da empresa. Para que esses objetivos sejam atingidos, as empresas incentivam as equipes, promovendo uma administração mais próxima das pessoas e favorecendo o diálogo.
Com isso, a comunicação e a colaboração fluem mais naturalmente, favorecendo a construção de um bom clima organizacional e contribuindo para que as decisões sejam tomadas em conjunto, sem que um cargo se sobreponha a outro.
Nesse contexto, a tendência é que sejam encontrados caminhos mais criativos e eficientes para atingir os objetivos desejados para a empresa e, consequentemente, aumentar os resultados.
Lembre-se sempre de que a comunicação interna é uma arma poderosa presente em qualquer negócio de sucesso. Portanto, seja qual for a estrutura escolhida, preze por aquela que possa favorecer esse diálogo.
Estruturas organizacionais autogeridas
Semelhante à estrutura horizontal, a autogerida preza pela autonomia dos integrantes do quadro de colaboradores de uma empresa. Ao mesmo tempo que as pessoas deixam de se reportar a um gerente ou diretor, devem seguir um conjunto de normativas estabelecidas coletivamente.
Esses acordos firmados em conjunto são o que forma a estrutura organizacional, elucidando como cada procedimento deve ser executado e eliminando a necessidade das relações entre lideranças e pessoas lideradas.
Rede de acordos individuais
Seguindo a mesma base que as estruturas horizontais e as autogeridas, a rede de acordos individuais determina que as próprias pessoas estabeleçam contratos que deixem documentados as responsabilidades das equipes, acordos e metas de produção.
A estrutura é feita para comportar uma cadeia de produção longa — diferente da estrutura autogerida, voltada para pequenas equipes — com diversas pessoas participantes, mas sem a necessidade de formação de times propriamente ditos.
Por sua vez, a fiscalização fica por conta de uma espécie de rede de prestação de contas, que, embora não esteja centralizada em uma só pessoa, exige que toda a equipe esteja de olho na produção e nos objetivos coletivos.
Círculos alinhados
A principal característica da estrutura organizacional de círculos alinhados é a flexibilidade. Como é mais robusta que as descritas anteriormente, pode ser facilmente adaptada a qualquer cadeia do setor produtivo.
Esse modelo é formado por círculos, que se subdividem em circunferências internas e são ligados por funções especiais, que mantêm a conexão por criar um canal de comunicação eficiente entre cada um dos níveis.
É importante frisar que cada parte dessa estrutura tem um propósito nítido, objetivo e bem-definido e que as decisões não são tomadas em grupo ou coletivamente, como nos modelos abordados anteriormente. Aqui, até existe uma preocupação em dar autonomia para profissionais dentro de suas funções, mas de maneira limitada.
Na realidade, não existe um modelo de estrutura organizacional ideal. O motivo é muito simples: a decisão vai depender do porte do negócio e do segmento de atuação. Nesse contexto, não há uma fórmula mágica, e o que funciona para o seu concorrente pode não ser o ideal para você.
A definição vai depender da cultura organizacional e do planejamento estratégico da organização. Uma vez que um é dependente do outro, é necessário analisar os valores ideais a serem aplicados. Afinal, a sua empresa comporta uma hierarquia mais livre, ou necessita que os cargos de liderança estejam bem-posicionados?
Seja qual for a estrutura escolhida, o ideal é que as equipes sejam compostas de profissionais que tenham perfil de líderes e gestores, com capacidade para estimular os colegas de trabalho e gerenciar projetos. Uma vez que todo negócio precisa de metas e objetivos bem-definidos para funcionar com eficiência, a estrutura deve ser composta para possibilitar que esses resultados sejam realmente atingidos.
Portanto, ao pensar no modelo de estrutura ideal, é necessário estabelecer, em primeiro lugar, os valores, metas, objetivos e a cultura organizacional da empresa. Só assim será possível descobrir o que melhor se enquadra ao seu funcionamento.
Para escolher e caracterizar a estrutura organizacional de uma empresa é necessário fazer uma pré-análise da real condição que o negócio se encontra, e a partir daí estudar qual modelo de estrutura seria mais adequado. Veja algumas dicas de como fazer isso.
Analise o negócio
Ao analisar o seu negócio para o desenvolvimento de uma estrutura organizacional específica, é importante ter em mente o tamanho da sua empresa, os tipos de produtos e serviços que serão ofertados, a localidade, entre outras características que podem influenciar na escolha.
Além da estrutura da empresa, é essencial considerar a missão e os valores de forma que a estrutura organizacional consiga comportar essas condutas, fazendo os colaboradores associá-las em sua carreira.
Preocupe-se com a comunicação
Ao analisar o negócio na totalidade, procure perceber como deve ser a comunicação entre os departamentos e as pessoas, para os processos acontecerem eficientemente. O modelo escolhido deve facilitar o dialogo, sempre.
Exemplo: Se o gestor deseja construir uma empresa que a cultura organizacional é voltada para o uso da tecnologia e favorece a inovação, é essencial que a empresa preze a troca de ideias e conhecimentos entre os departamentos, com autonomia, sem bloquear o compartilhamento de ideias apenas por conta da hierarquia.
Nesse caso, fazer uma escolha errada pode dificultar o desenvolvimento das atividades e retardar o crescimento do negócio.
Tenha um planejamento estratégico
O planejamento estratégico deve estar presente em toda e qualquer estratégia que a empresa desenvolva e não seria diferente com a estrutura organizacional e o organograma. É essencial ter um planejamento prévio a fim de reduzir possíveis impactos negativos para as equipes e evitar prejuízo maiores, como, por exemplo, realizar toda a hierarquização da empresa sem que isso fique muito claro para as pessoas.
Independentemente da estrutura que a organização esteja adotando no presente momento, evoluir é uma atitude básica para garantir a sustentabilidade do negócio. Além de conseguir avaliar em que ponto a empresa está e aonde ela quer chegar, é fundamental.
Cada tipo de estrutura tem as suas vantagens e características, e, como abordamos acima, não existe um modelo ideal. Sendo assim, é preciso lançar um olhar crítico sobre o presente e o futuro.
Quando a empresa define os níveis hierárquicos, cada colaborador consegue entender exatamente qual é o seu papel no negócio. Dessa forma, dar o melhor de si para os resultados serem atingidos.
Na hora de criar ou evoluir o modelo da estrutura organizacional da empresa, é importante evitar a sobreposição de cargos e funções — ainda que o negócio tenha optado por um padrão que pratique a hierarquia. Para isso, deve-se deixar bem-definido para as pessoas qual é o papel de cada uma delas na organização.
Para ajudar nessas questões, separamos alguns itens que devem ser considerados nessa jornada. Confira!
Analise o negócio
O que está mais adequado para sua empresa: uma estrutura hierárquica horizontal, que incentiva a participação de pessoas colaboradoras por meio da cooperação, ou uma estrutura vertical, que conta com diretoria e pessoas que respondem a eles de maneira bem delimitada?
Lembre-se do que já foi exposto acima: não existe um modelo ideal. Tudo dependerá da análise feita sobre o seu negócio e do seu segmento de atuação.
Por exemplo, uma empresa cuja principal função é entregar serviços criativos dificilmente conseguirá extrair o melhor da força de trabalho se utilizar uma estrutura verticalizada, tradicional e conservadora.
Procure fazer uma escolha adaptável
Ao longo deste material, descrevemos alguns tipos de estrutura. Isso significa que, ao fazer uma escolha, não é necessário se prender apenas a um único tipo.
A empresa pode optar por um modelo funcional, mas que utilize a rede de acordos individuais. O importante é manter o alinhamento entre estrutura, planejamento estratégico e as políticas da empresa.
Fique sempre de olho na comunicação
A comunicação interna nunca deve ser deixada de lado, seja qual for o modelo escolhido. Por isso, é interessante tomar cuidado com a quantidade de graus de hierarquia entre a diretoria e as equipes em todos os seus níveis.
Quanto mais degraus houver entre a gerência e as pessoas que atuam na empresa, maior será a chance de esse diálogo apresentar ruídos, o que pode ser desastroso para atingir os resultados. Por isso, é sempre muito importante observar se não há excessos de lideranças, gerências e assessorias.
Valorize uma comunicação interna que seja nítida, objetiva e acessível, para a mensagem chegar sem problemas a todos os níveis e consiga facilitar e direcionar os trabalhos.
Os benefícios de uma boa estrutura organizacional são aparentes, seja dentro ou fora da empresa. É um processo que influencia positivamente a produtividade, o desenvolvimento, o relacionamento com a equipe, os fornecedores e os clientes.
Isso acontece porque a organização tem um papel principal nesse desenvolvimento. Assim como para qualquer empresa que deseja o crescimento e o sucesso. Por isso, é essencial conhecer e entender os seus processos para alcançar as metas e objetivos.
Estruturação e organização de cada setor de uma instituição é importante para o desempenho das funções em equipe de forma fluida. Isso contribui, em conjunto, para chegar a essas metas e objetivos. Dessa forma, podemos dizer que isso é o verdadeiro foco da estruturação organizacional.
Confira quais os principais benefícios de uma boa estrutura organizacional, a seguir.
Otimização do tempo
O gerenciamento do tempo é um dos pontos positivos de uma estrutura organizacional. Por conta dos prazos e demandas diárias, isso se torna um critério ainda mais importante para a empresa. O desenvolvimento positivo do trabalho e a produtividade são impactados diretamente na organização.
A otimização do tempo promove a expansão de projetos, inovação, criatividade, desenvolvimento de trabalhos em grupo, além de crescimento pessoal e profissional. Esse gerenciamento pode influenciar o estresse e a reação às situações inesperadas pela pessoa que trabalha na empresa. Isso porque ela consegue discernir a prioridade de suas demandas e organizá-las no prazo estabelecido.
Controle de desempenho
Ao colocar a estrutura organizacional em prática, a empresa consegue melhorar a eficiência e a gestão. Consequentemente, há medidas de controle de desempenho que condizem com o departamento e o negócio.
Sendo assim, os indicadores de desempenho também são afetados positivamente. Assim como, a coleta de dados, o controle de estoque e identificação de excesso ou escassez de recursos. Com isso, é mais fácil tomar decisões e fazer projeções mais certeiras, permitindo o controle de desempenho.
Boa organização das responsabilidades
A falta de uma boa organização das responsabilidades em relação às funções diárias tende a promover o desperdício de tempo com atividades secundárias, as quais não agregam no alcance das metas. Dessa forma, pode tornar a rotina estressante, improdutiva e frustrada no trabalho.
A administração pessoal, proporcionada pela boa estrutura organizacional, ajuda a facilitar combater a insegurança, a desmotivação e o ócio. Por isso, estabelecer metas e objetivos é importante nos diferentes momentos da empresa.
Identificação de recursos
Com a estrutura organizacional adequada é possível o desenvolvimento, gerenciamento e identificação dos recursos, se há escassez/excesso e os gastos. Além disso, você pode fazer o controle de estoques, coletar e analisar diferentes dados. Também é mais fácil identificar e fazer orçamentos com projeções mais corretas.
Precisão da comunicação
A comunicação precisa é importante para as empresas. Ela facilita o trabalho em equipe e garante que as atividades sejam feitas em prol de um objetivo. Com isso, é essencial que as informações cheguem efetivamente para todas as pessoas, independentemente da estrutura organizacional.
Agora que já vimos a importância de ter uma estrutura organizacional bem definida, fica mais claro entender o que acontecerá a uma organização que não implantar nenhum modelo em sua gestão e o que pode acontecer se o modelo escolhido não for o ideal para aquele perfil de negócio.
Inicialmente, quando uma empresa não apresenta uma estrutura organizacional estrategicamente pensada, a tendência é que os seus processos internos fiquem confusos. Isso pode ser traduzido em ineficiência e, consequentemente, prejuízo.
Imaginemos uma empresa que não possui uma estrutura organizacional, tenha 1000 pessoas contratadas que devem cuidar das demandas administrativas e da produção. Quem produz? Quem trabalha no administrativo? Quem gerencia?
Neste simples exemplo já percebemos que sem essa organização estrutural fica difícil a empresa conseguir funcionar, certo? Mas, agora proponho imaginarmos que essa empresa pertença a uma única pessoa, e essa pessoa é sua única gestora.
Sua primeira tarefa foi separar 200 profissionais para todas as tarefas administrativas e o restante para linha de produção. Dentre as tarefas administrativas ela criou alguns departamentos sendo, RH, Vendas, Financeiro, e para a área de produção foi criado apenas um departamento de produção.
Quem lidera essas pessoas? Quem é responsável pela organização das vendas? Dentre profissionais do financeiro que têm contas a pagar, quem lida com as empresas fornecedoras?
Mesmo que haja uma pequena organização na empresa, isso também pode soar insuficiente. E se nesse caso a pessoa que é proprietária da empresa for a única responsável pela gestão, provavelmente ela receberá muitas demandas que a acabarão sobrecarregando.
É preciso ter profissionais que trabalhem com eficiência e um time bem qualificado, que conheça as responsabilidades na organização, seja eficaz nos processos de valor e com uma estrutura de despesas de pessoal compatível com o tamanho da empresa.
Dessa forma, a importância de uma estrutura organizacional bem definida também se reflete em uma cultura forte e um bom clima organizacional, onde as lideranças estão claras, a comunicação é fluida e as tomadas de decisão são coerentes.
Como você pôde perceber ao longo deste texto, a estrutura organizacional tem o papel de organizar funções e determinar responsabilidades em uma empresa. Afinal, não dá para negar que o capital humano é um ativo de suma importância, e o sucesso de um negócio depende da atuação das pessoas dentro dele.
Quando esse padrão é bem estabelecido, facilita a tarefa de determinar métricas de desempenho e relacioná-las aos objetivos traçados pela empresa. Constitui-se, ainda, como um instrumento motivador e de integração entre equipes.
A produtividade também é impactada pela estrutura organizacional escolhida. Quando ela está adequada aos reais valores da empresa, colabora para o desenvolvimento e gerenciamento de indicadores de desempenho, controle de estoques, coleta e análise de dados e otimização dos recursos. Fazer a escolha certa pode garantir a sustentabilidade de um negócio no mercado.
Estrutura Funcional
Prós:
Especialização: Facilita a especialização, ao agrupar profissionais com habilidades e conhecimentos semelhantes.
Eficiência: Pode aumentar a eficiência e a produtividade nas funções específicas.
Contras:
Pensamento Compartimentado: Pode levar ao isolamento entre departamentos, dificultando a comunicação e a colaboração.
Flexibilidade Reduzida: Pode ser menos flexível e mais lenta para responder a mudanças do mercado.
Estrutura Divisional
Prós:
Foco no Produto/Região: Cada divisão pode se concentrar em produtos específicos ou regiões, atendendo melhor às necessidades de clientes.
Responsabilidade Clara: Facilita a atribuição de responsabilidades e avaliação de desempenho.
Contras:
Duplicação de Recursos: Pode levar à duplicação de recursos e funções, aumentando os custos.
Competição Interna: Pode haver competição entre divisões, prejudicando a cooperação.
Estrutura Matricial
Prós:
Flexibilidade: Combina aspectos das estruturas funcional e divisional, permitindo uma alocação mais flexível de recursos.
Colaboração: Incentiva a colaboração entre diferentes áreas funcionais e projetos.
Contras:
Complexidade: Pode ser complexa de gerenciar, com múltiplas linhas de reporte.
Conflitos de Autoridade: Pode haver conflitos de autoridade e confusão sobre responsabilidades.
Estrutura em Rede
Prós:
Adaptabilidade: Altamente adaptável e capaz de responder rapidamente a mudanças externas.
Inovação: Incentiva a inovação e a colaboração entre diferentes parceiros.
Contras:
Coesão: Pode ser difícil manter a coesão e a identidade organizacional.
Dependência de Parcerias: Alta dependência de parcerias externas pode ser arriscada.
A estrutura organizacional tem um impacto significativo na cultura de uma empresa, influenciando como as pessoas interagem, como a comunicação flui e como as decisões são tomadas.
Estruturas Funcionais: Tendem a criar uma cultura de especialização e eficiência, mas podem levar a silos organizacionais, onde a comunicação entre departamentos é limitada.
Estruturas Divisionais: Podem fomentar uma cultura de responsabilidade e foco em clientes, mas também podem criar divisões internas e competição.
Estruturas Matriciais: Promovem a colaboração e a flexibilidade, mas podem gerar complexidade e confusão em relação às responsabilidades.
Estruturas em Rede: Incentivam a inovação e a adaptabilidade, mas podem dificultar a manutenção de uma identidade corporativa coesa.
Em resumo, a estrutura organizacional escolhida deve alinhar-se com os valores e objetivos culturais da empresa para promover um ambiente de trabalho positivo e produtivo.
Algumas das principais tendências que estão moldando o futuro das estruturas organizacionais incluem:
Aumento do Trabalho Remoto: Com a popularização do trabalho remoto, as empresas estão adotando estruturas mais flexíveis e descentralizadas, permitindo às pessoas trabalharem de qualquer lugar. Isso exige mudanças na forma como a comunicação e a colaboração são gerenciadas.
Importância da Agilidade: A necessidade de responder rapidamente às mudanças do mercado está levando as empresas a adotar estruturas mais ágeis. Estruturas matriciais ou em rede, que facilitam a adaptabilidade e a inovação, estão se tornando mais comuns.
Digitalização: A digitalização está transformando as operações e processos de negócios, exigindo estruturas que suportem a integração de novas tecnologias e a análise de grandes volumes de dados.
Foco na Experiência do Funcionário: As empresas estão cada vez mais focadas em criar uma experiência positiva para a força de trabalho, incluindo estruturas que promovam a flexibilidade, a colaboração e o bem-estar.
Sustentabilidade e Responsabilidade Social: Estruturas organizacionais que incorporam princípios de sustentabilidade e responsabilidade social estão ganhando destaque, refletindo as expectativas das pessoas que consomem os seus produtos e de pessoas investidoras por práticas empresariais responsáveis.
Essas tendências estão redefinindo como as empresas se organizam e operam, exigindo uma abordagem mais dinâmica e centrada nas pessoas para permanecerem competitivas e inovadoras.
Sobre a Robert Half
Saiba como os recrutadores da Robert Half podem ajudar você a construir uma equipe talentosa de colaboradores ou avançar na sua carreira. Operando em mais de 300 locais no mundo inteiro. A Robert Half pode te fornecer assistência onde e quando você precisar.