O setor de infraestrutura no Brasil enfrenta um momento desafiador, mas repleto de oportunidades, impulsionado por investimentos governamentais e privados. Este artigo explora o cenário macroeconômico, as tendências de investimento, as mudanças no mercado de trabalho e os desafios enfrentados pelas empresas no setor de infraestrutura.
A Robert Half, em seu compromisso de auxiliar gestores a tomarem decisões informadas, apresenta o Panorama Setorial de Infraestrutura, uma análise detalhada das perspectivas do setor sob o ponto de vista da gestão de pessoas. Este material se baseia em dados públicos e pesquisas próprias, e oferece insights valiosos para líderes que desejam alinhar suas estratégias de gestão de talentos com as demandas do mercado.
O mercado de infraestrutura no Brasil é estimado em US$ 3,6 trilhões, de acordo com a Mordor Intelligence. No entanto, o setor sofre com uma insuficiência crônica de investimentos, necessitando de R$ 284 bilhões anuais até 2031 para superar os gargalos, segundo a KPMG.
A boa notícia é que o contexto político e econômico tem mostrado sinais de melhora, com a aprovação de leis como o Marco do Saneamento e a privatização da Eletrobras, além do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê R$ 1,7 trilhão em investimentos.
Empresas estrangeiras também estão voltando suas atenções para o Brasil, especialmente a China, que anunciou R$ 280 bilhões em investimentos nos próximos anos, focando em energia, rodovias e ferrovias.
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O Novo PAC, em conjunto com o Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, traz um novo fôlego para o setor, com projetos que vão desde energia até mobilidade urbana. A seguir, alguns dos maiores investimentos previstos:
Geração de energia: R$ 73 bilhões
Petróleo e gás: R$ 387,4 bilhões
Rodovias: R$ 219 bilhões
Ferrovias: R$ 91,3 bilhões
Mobilidade urbana sustentável: R$ 48,1 bilhões
Esses investimentos devem ser canalizados por meio de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), o que movimenta o mercado e aumenta a demanda por profissionais especializados.
“A Carta de Infraestrutura da consultoria Inter.B estima que os investimentos no setor de infraestrutura em 2024 atingirão R$ 215,8 bilhões, um crescimento de 11% em relação ao ano anterior”, explica Caio Rodrigues, Talent Manager da Robert Half.
“Este aumento é o maior desde 2015 e está sendo impulsionado por investimentos tanto do setor público quanto do privado, com empresas estrangeiras desempenhando um papel importante”, ele explica.
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O mercado de infraestrutura está aquecido, com expectativa de crescimento nas contratações, especialmente em setores como saneamento, energia elétrica, rodovias e mobilidade urbana. Concessões, com foco em rodovias, prometem R$ 122 bilhões em investimentos privados até 2024, abrindo oportunidades em áreas como finanças, gestão, engenharia e tecnologia.
O ambiente regulatório brasileiro complexo representa desafios para empresas que operam em setores de infraestrutura. A crescente demanda por profissionais de relações institucionais e governamentais reflete a necessidade de lidar com questões regulatórias, além da carência de talentos experientes nessa área. Empresas de médio porte, muitas vezes familiares, enfrentam dificuldades de modernização, aumentando a busca por líderes capacitados a implementar mudanças de governança e cultura.
Empresas de infraestrutura operam em setores intensivos em capital e dependem da eficiência operacional para retorno sobre investimentos. Há uma crescente valorização de profissionais especializados em planejamento financeiro, automação (IoT), supply chain e logística. A digitalização e a automação estão impulsionando a demanda por talentos com conhecimentos técnicos em tecnologia e inovação, acelerando a eficiência em projetos e operações.
A localização de projetos de infraestrutura fora dos grandes centros urbanos dificulta o recrutamento de profissionais qualificados, especialmente para cargos de liderança. Isso obriga as empresas a investir mais em salários, benefícios e formação interna de líderes para atender às demandas regionais.
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