A falta de remuneração competitiva está entre as cinco justificativas mais citadas pelos recrutadores e gestores de empresas para explicar a dificuldade de contratar os profissionais ideais. É isso que aponta o Guia Salarial 2022 da Robert Half. O documento serve de base para a edição #3 do podcast Robert Half Talks.

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Segundo a pesquisa, 49% dos gestores têm medo de perder seus melhores talentos no próximo ano. Além disso, 69% dos executivos acham que encontrar talentos vai ser mais desafiador em 2022.

Embora a remuneração não seja o único aspecto envolvido numa relação entre empresa e colaborador, ela ainda é um componente importante para a atração e a retenção de talentos.

“É uma lógica de oferta e demanda, que leva em consideração a quantidade de profissionais com um skill disponível versus a demanda de mercado. No final do dia, o salário conta muito”, explica Vitor Silva, branch manager da Robert Half.

Mas cuidado: oferecer um bom salário não necessariamente implica melhor poder de negociação. Depende muito das peculiaridades e do momento de cada mercado. “É o que acontece, por exemplo, em tecnologia hoje. Há uma oferta muito pequena de profissionais e o número de vagas em expansão. Isso pressiona os salários para cima nesse mercado em particular”, elucida Leonardo Berto, branch manager da Robert Half.

Em casos assim, a remuneração acaba sendo um elemento-chave na hora de um profissional escolher entre duas oportunidades de emprego. “As maiores empresas acabam tendo um plano salarial bastante agressivo”, completa Leonardo Berto. O resultado é que, nesse leilão de salários, será preciso ter poder de fogo.

Diante da potencial concorrência, um salário razoável talvez não baste. Ele precisa ser suficiente para não apenas ganhar a preferência do candidato como, ainda, tem de estar adequado ao perfil do candidato desejado. “Dentro da Robert Half, temos uma máxima: ‘não adianta querer contratar o Batman pagando o salário do Robin’”, ilustra Vitor Silva.

A conversa entre os dois gestores está no episódio #3 do podcast Robert Half Talks, que você ouve abaixo.

Além do salário

Além da remuneração, é preciso ter atenção a outros pontos relevantes — inclusive aqueles que surgiram a partir da pandemia.

Por exemplo, 76% das empresas enxergam o remoto como uma forma de trabalhar, e não como um benefício. E dois em cada três profissionais querem trabalhar mais dias de casa do que no escritório, consolidando o formato híbrido como o favorito. Somente 4% têm o desejo de voltar a trabalhar totalmente no escritório, sem nenhum dia de home office.

“Trabalhar remoto é trabalhar de qualquer lugar e ganhando em qualquer moeda. A desvalorização do real frente ao dólar gera muitas ofertas para os profissionais, inclusive de empresas estrangeiras”, alerta Vitor Silva. Isso pressiona os contratantes a caprichar na oferta do híbrido.

A saúde mental é outro tema que ganhou força durante a pandemia. Mais da metade (53%) dos executivos acredita que seus colaboradores estão mais suscetíveis a crises de estresse, ansiedade e burnout. Por isso, as empresas precisam ter atenção aos anseios dos colaboradores para não perdê-los para a concorrência.

O Guia Salarial completo você acessa, gratuitamente, por meio do link: Guia Salarial Robert Half

Ouça também:

Episódio #1: ESG: como ele impacta na hora de contratar?

Episódio #2: Match Perfeito na contratação

Robert Half Talks

Lançado em outubro de 2021, o Robert Half Talks está disponível nas principais plataformas de áudio e agregadores de podcasts. Em um bate-papo inteligente e descontraído entre headhunters da companhia e grandes nomes do mercado, o Robert Half Talks será uma atração quinzenal, com o objetivo de levar aos ouvintes discussões relevantes sobre o futuro do trabalho e dicas de como se adaptar a um mundo em constante transformação.

Mais informações sobre o Robert Half Talks você confere em: Podcast: Robert Half Talks | Robert Half