No mundo contemporâneo, as habilidades profissionais são frequentemente categorizadas em hard skills e soft skills. No entanto, um novo conceito tem ganhado terreno: as mad skills. Estas são habilidades que transcendem o escopo profissional, estando mais alinhadas com hobbies, interesses ou atividades pessoais. A despeito de sua origem fora do ambiente de trabalho, elas podem ser extremamente valiosas no mercado de trabalho, ocupando um patamar similar ao das hard e soft skills. A origem do termo "mad skills" é um tanto nebulosa, mas acredita-se que tenha surgido na cultura hip hop dos anos 1990. "Mad" é um adjetivo coloquial para "muito" ou "extremo", enquanto "skill" se refere a "habilidade". Assim, uma "mad skill" poderia ser interpretada como uma "habilidade muito extrema" ou "extraordinária". Durante a década de 2000, o termo se popularizou e passou a ser adotado em várias culturas, incluindo a brasileira, onde frequentemente aparece em contextos como esporte, música e tecnologia.
No Brasil, as mad skills são vistas como habilidades notáveis, geralmente ligadas a hobbies e paixões que podem, de alguma forma, auxiliar no trabalho. Müller Gomes, Consultor de Projetos da Robert Half, expressa essa ideia claramente: "Elas vêm mais como habilidades incríveis, que são associadas a hobbies e paixões que ajudem de alguma forma no trabalho". Considerando o futebol, uma mad skill comum no Brasil, Gabriel Mian, da Robert Half, destaca: "Futebol é um esporte coletivo. O networking, o jogo de time e as conversas que você tem ajudam você a conhecer pessoas. E ajuda a relaxar".
As mad skills são particularmente relevantes em entrevistas de emprego. Quando um recrutador pergunta sobre paixões e hobbies, é uma janela para apresentar essas habilidades especiais. Müller exemplifica: "Se alguém fala que já fez teatro, provavelmente essa pessoa tende a ser mais desenvolta para fazer uma apresentação". Da mesma forma, habilidades como tocar um instrumento podem indicar maior concentração e disciplina. Uma pesquisa da Robert Half revela que dois em cada três recrutadores consideram a mad skill como uma vantagem do candidato, ressaltando a conexão entre estas habilidades e a atividade profissional.
como um componente vital para a saúde mental e bem-estar geral. Em um mundo onde a flexibilidade e a adaptabilidade são cada vez mais valorizadas, as mad skills surgem como um complemento essencial às hard e soft skills, oferecendo uma visão mais holística do potencial de um profissional.
Não possuir uma mad skill não é necessariamente um problema. Algumas pessoas podem não perceber que têm uma mad skill. Por exemplo, assistir séries no tempo livre pode ser uma mad skill que enriquece o repertório cultural. Müller Gomes esclarece a diferença com a leitura: "Em alguns casos, são leituras que são necessárias para o desenvolvimento técnico. Neste caso, é um requisito. Em outros casos, é o prazer pela leitura. Nesse caso, é mad skill. É a questão de necessidade versus gosto". Ter uma paixão profunda por um tema pode indicar uma vocação para se aprofundar naquilo que se faz, seja no âmbito pessoal ou profissional — um aspecto valorizado pelo RH. A saúde mental hoje é altamente valorizada. Gabriel Mian enfatiza: "O recrutador percebe que o hobby traz uma descarga, um momento que você consegue se autoconhecer. Sem contar que uma pessoa que só foca no trabalho e não tem lazer não é bem-vista". Müller Gomes acrescenta: "As empresas estão olhando para esse aspecto por causa da produtividade". As mad skills representam uma evolução na forma como habilidades são percebidas no mercado de trabalho. Elas destacam a importância de atividades fora do âmbito profissional, não apenas como uma forma de enriquecer habilidades e repertório, mas também Ouça abaixo o episódio na íntegra.
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